“Plano de Ecopistas na Região do Alentejo Mobilidade, Turismo e Desenvolvimento Sustentáveis e Valorização do Território” é o tema de um Workshop regional, organizado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e pela REFER, que se realizou no Auditório da CCDR Alentejo, no passado dia 22 de Junho.
Com este workshop pretende-se promover e divulgar o Plano Nacional de Ecopistas (PNE) da REFER, com enfoque na Região do Alentejo, isto para além promover e divulgar o Património Edificado existente nas linhas desactivadas.
Os participantes nesta reunião vão poder trocar experiências nacionais e internacionais, dinamizar a execução do PNE, fomentando e incrementando parcerias proactivas com a CCDR/Associações de Municípios/Municípios/Instituições Regionais ligadas ao Turismo, Ambiente, Ordenamento e Educação.
Promover a articulação de todos os projectos de Ecopistas, com outras rotas, itinerários, circuitos, acessibilidades, corredores verdes e potenciais ZTI (Zonas Turísticas de Interesse), assim como maximizar o potencial aproveitamento do QREN (2007-2013) em todas as vertentes elegíveis por este tipo de projectos, é outro dos objectivos do Workshop.
Muito se tem falado de Ecopistas, mas convém saber na realidade o que são as Ecopistas. Pois bem, são vias de comunicação autónomas, reservadas às deslocações não motorizadas, realizadas num quadro de desenvolvimento integrado, que valorize o meio ambiente e a qualidade de vida e que cumpram as suficientes condições de largura, inclinação e qualidade da superfície, de forma a garantir uma utilização em convivência e segurança por parte de todos os utentes, independentemente da capacidade física dos mesmos.
A REFER enquanto gestora da infra-estrutura ferroviária tem procurado, no que concerne aos antigos canais desactivados, protocolá-los exclusivamente com os respectivos Municípios.Este Plano de reconversão dos antigos canais em Ecopistas, segue em linhas gerais o mesmo modelo que com sucesso tem sido implementado ao longo das últimas dezenas de anos noutros países, onde a designação usada é “Greenways ou Voies Vertes ou Vias Verdes”.
Todo este movimento a nível Europeu, deu origem á Associação Europeia de Vias Verdes.A experiência portuguesa nesta área é muito diversificada e tem dependido das diversas Instituições, Municípios, Associações e Agentes de Desenvolvimento local que sentem a necessidade de proporcionar às respectivas comunidades e a todos os seus visitantes um contacto próximo com o seu património natural, arquitectónico monumental e histórico.
A REFER desencadeou o processo de criação de uma Rede de Ecopistas, precisamente em 2001, dado que os antigos canais ferroviários desactivados totalizam cerca de 700 Kms a nível Nacional e atravessavam cerca de meia centena de Municípios.Entretanto a REFER, participou e participa no Projecto REVER Medoc (Projecto de criação de uma Rede Verde Europeia para o Mediterrâneo Ocidental) que abrange Portugal (Alentejo e Algarve), e diversas regiões de Espanha, França e Itália, assim como se tornou sócia da Associação Europeia de Vias Verdes (Europeean Greenways Association – EGWA).
A adesão até agora verificada com o Plano Nacional das Ecopistas mormente com a utilização das Ecopistas já existentes e que se referem ao antigo Ramal de Monção, Ramal de Mora, Linha do Corgo (Vila Pouca de Aguiar), Linha do Sabor (Torre de Moncorvo) decorre um ciclo autárquico que só termina em 2009.
É um sentimento comum de que o nosso País, está em crescimento exponencial e a vontade de melhorar, conservar e preservar o nosso ambiente, através de propostas de desenvolvimento sustentável é inquestionável, por isso é importante que se aproveite o QREN que prevê no eixo da Valorização do Território apoio a projectos intermunicipais no período 2007 / 2013.A CCDR do Alentejo tem em marcha a implementação de um Esquema Director de Corredores Verdes em que as Ecopistas serão âncoras da rede de percursos permitindo contribuir para um novo tipo de oferta Turística ligada ao Ecoturismo Turismo da Natureza, um dos produtos previstos no PENT – 2015 (Plano Estratégico Nacional de Turismo), que permitirá contribuir para o combate à desertificação de variadíssimas regiões espaços rurais potenciando empregos locais, contribuindo assim para a Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável.
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